Ser gestor desportivo é em simultâneo gerir o mundo das emoções, que é o desporto e desempenhar tarefas de direção assentes na unidade do conhecimento, da razão e da ação. O trabalho desempenhado no campo das relações humanas é diário, sem hora, dia ou local, o que pela sua complexidade, o torna humanamente muito desafiante.

Estamos a falar de formar jovens a quem se exige o máximo rendimento físico, mas sem nunca descurar o todo, que é o ser humano, dando-lhes oportunidade de se tornarem futuros adultos com valores éticos e morais para enfrentar os desafios da globalização. Dentro das tarefas da direção, a disponibilidade e capacidade para a comunicação, para a cooperação e a interacção com diferentes tipos de pessoas, de organismos e de instituições. O que inclui saber ouvir, escutar e dialogar sempre com o objetivo da interação das mais variadas formas de trabalho individual, de forma que o coletivo se realize no seu máximo e harmonioso rendimento.

Uma forte motivação emocional, resultante de uma profunda ligação interior ao desporto, de uma crença nas virtudes e nos valores humanos do desporto. Esta motivação não surge de repente, mas é sobretudo o corolário de uma anterior e já longa viagem no comboio do desporto.

Onde características como:
-Sensibilidade, vontade e capacidade para entusiasmar, motivar e estimular os outros para a alegria na prática desportiva e nos resultados da competição desportiva,
-Consciência de responsabilidade, seriedade, autenticidade, frontalidade e disciplina de trabalho,
-Conhecimentos indispensáveis ao entendimento satisfatório da essência do desporto, do processo de exercitação, de treino e obtenção de rendimentos desportivos.
Uma exigência decisiva é a da convicção de que sem um intenso empenho e total disponibilidade pessoal, não é possível criar condições para a revelação, consolidação e aprofundamento de elevados rendimentos desportivos.

Bruna Coelho,

Presidente da Direção da União Recreativa do Dafundo